quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Depressão em Cães - Um pouquinho sobre

 Não tendo raças mais propensas a desenvolver esse tipo de problema psicológico, a depressão canina pode ter muitas razões de ser similares às dos seres humanos (como a perda de uma pessoa próxima ou da liberdade), sendo que muitos dos sintomas e dos tipos de tratamento também podem apresentar semelhança.

Confundida com a SAS – Síndrome da Ansiedade de Separação – em alguns casos, a depressão em cachorros também pode fazer com que o canídeo se comporte de maneira ansiosa e atípica e, justamente por isso, é de grande importância que os donos de cães saibam como observar e identificar os sinais que indicam o estado depressivo de seus bichinhos de estimação.

A inclusão de outro animal na vida do acostumado a ser o único bicho de estimação da casa também é um fator relevante para o aparecimento do estresse no animal, e deve ser levado em consideração.

A perda de liberdade (quando o cão fica privado de caminhadas e passeios constantes, por exemplo) e experiências traumáticas – como cirurgias e atropelamentos - não ficam de fora da lista, e animais que estão em fase de recuperação de alguma doença mais séria também podem apresentar comportamentos alterados de apatia.

O sentimento de solidão ou abandono ainda é uma das principais motivações para que se desenvolva uma depressão em cachorros; já que, nos dias de hoje, o cotidiano frenético vivido nas grandes capitais acaba fazendo com que os donos, não possam dar a atenção devida aos seus animais, que passam muito tempo sem companhia e se sentem abandonados.

A agressividade, por exemplo, é normalmente causada por fobias, barulhos e traumas, além de ser um fator hereditário. Parte do tratamento é treinar o animal para ser submisso. Em cães depressivos e com sentimentos decorrentes de separação, os bichos são adestrados para agir de maneira independente do dono. Os cães idosos também apresentam problemas comportamentais devido ao declínio cognitivo causado pelo envelhecimento.

O animal, acima de tudo, tem comportamentos e sentimentos próprios. Dessa forma, o tratamento de traumas e distúrbios também será específico para cada cão. Por isso eu faço treino especializado para cada um.


Psicologia Canina - Paulo Rebelo

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Já se perguntou quanto exercício um cão precisa ?

Já se perguntou quanto exercício um cão precisa? Como nós, os cães precisam de uma boa dose de exercícios diários para se manterem saudáveis ​​tanto física quanto psicologicamente. A quantidade de exercícios, entretanto, varia de acordo com o peso, idade, raça e, muitas vezes, a predisposição a alguma doença.

Já se indagou quanto exercício um cão precisa? Como nós, os cães precisam de uma boa dose de exercícios diários para se manterem saudáveis ​​tanto física quanto psicologicamente. A quantidade de exercícios, entretanto, varia de acordo com o peso, idade, raça e, muitas vezes, a predisposição a alguma doença.





Como saber quanto exercício um cão precisa


Quando decide ser tutor de um cão, é importante pensar em quanto tempo  tens para dedicar a isso. Outra coisa que deves levar em consideração é o espaço de vida do seu animal de estimação. Afinal, quanto maior o tamanho da raça, maior a área necessária para que ela se mova e dê vazão às energias.



O que  precisas ter em mente quando se trata de quanto exercício um cão precisa é o seguinte:


Energia

Quanto mais jovem o cão, mais energia ele tem. É nesta fase que são comuns os episódios em que ficam “loucos” correndo de um lado para o outro. Isso significa que o cão pode ter acumulado energia. Nesses casos, ao pensar em quanto exercício um cão precisa, é recomendável fazer várias caminhadas curtas ao longo do dia. Além disso, é claro, não economize no jogo! Se  não puder fazer essas caminhadas periódicas, certifique-se de levar o canídeo para passear pelo menos duas vezes por dia. E, se a rotina apertar, conte com um andador nessa hora.


O passeio é uma forma do seu cão interagir com o mundo. E como os cães são animais sensoriais, sair para a rua significa colocar em contato com um universo de cheiros e informações. Essa experiência é importante para estimular seu animal de estimação física e emocionalmente, pois os cães são muito sociáveis. Além disso, o contato com outros cães e raças desenvolve a socialização do seu cão e melhora sua relação com os ruídos, melhorando sua percepção auditiva. Portanto, passear com o cachorro não é apenas uma atividade ao ar livre, é um momento importante para ele. Invista nisso.


CinóTécnico - Especialista em Comportamento Animal - Paulo Rebelo


domingo, 31 de agosto de 2014

ESTERILIZAÇÃO/CASTRAÇÃO

A decisão de castrar o nosso animal indica o nível de responsabilidade que assumimos para com ele. Existem muitos tabus e crenças à volta deste tema. Pretendemos aqui clarificar a questão e elucidar.

O que é a castração?

É um método cirúrgico através do qual o médico veterinário (e só ele) retira os órgãos reprodutores. Não dói. Nos machos, são os testículos; nas fêmeas, os ovários e o útero (ovariohisterectomia - OVH). Os processos hormonais desaparecem e o carácter do animal não sofre alteração. Nos machos agressivos dominantes, esta tendência pode atenuar ou desaparecer. As fêmeas deixam de ter o cio.
Vantagens da Castração:

É a melhor e mais eficaz arma contra a reprodução indiscriminada e consequente sobrepopulação de cães e gatos e abate sistemático. Nas fêmeas: • elimina a possibilidade de virem a contrair cancro do ovário ou do útero; • previne a piometra, um processo inflamatório do útero que, se não for tratado a tempo (o tratamento inclui a esterilização), poderá conduzir à morte do animal; • evita a pseudociese, vulgarmente conhecida como gravidez psicológica ou falsa gestação, que é um distúrbio hormonal bastante comum nas fêmeas; • nas fêmeas esterilizadas antes do primeiro cio (aproximadamente aos seis/sete meses) há um risco praticamente nulo de desenvolver tumores mamários. Nos machos: • contribuiu para diminuir a agressividade para com outros machos e as brigas por fêmeas; • O ritual da demarcação de território com urina e os comportamentos possessivos ou dominantes tendem também a diminuir; • dimunui a ansiedade e o hábito de fugir ou de montar noutros animais e pessoas ou até na mobília; • Poupa ao animal algumas reacções instintivas relacionadas com o sistema reprodutor, e por exemplo, os machos ficam muito mais tranquilos; • evita tumores testiculares, hérnias perianales, tumores de glândulas hepatóides, tumores de glândulas perianales, tumores e quistes prostáticos, entre outros. No entanto, convém salientar que a esterilização não muda nada em relação à defesa territorial e agressividade por medo, ou seja, a esterilização não deixa o cão menos ou mais medroso, nem interfere no seu instinto de guarda. A personalidade do animal não muda. Diminui o risco de contraírem doenças venéreas transmitidas pelo acto sexual ou ainda doenças transmitidas por dentadas de outros animais. Diminui também o risco de atropelamento, por fuga.

Não estaremos a ir contra a Natureza?


Não, antes do direito natural da fêmea reproduzir está o direito da ninhada não ser morta, por exemplo: atirada ao rio com poucos dias de vida, ser morta em sacos plásticos, triturada dentro de um caminhão de lixo, etc, de muitas formas cruéis e desumanas. O Homem pode reproduzir-se, mas exerce sobre si mesmo o direito de fazê-lo ou não, mediante o uso métodos de contraceptivos. Hoje em dia, com a possibilidade de evitar a gravidez, nenhuma mulher tem tantos filhos (um por ano) quantos anos férteis e nenhum homem o exige. A natureza ditou as mesmas leis para todos. Temos de ser nós, humanos, a ajudá-los!

Vamos privar o animal de ter vida sexual?


Não, pois os animais não vivem a sexualidade como os humanos. Para um animal o sexo é apenas o processo físico da reprodução. Como o comer e beber é a garantia da sua sobrevivência individual, o sexo é a garantia da sobrevivência da sua espécie. Para o homem o sexo é uma finalidade em si mesma, para o animal é apenas a concepção de outros indivíduos. A prova é que a fêmea só aceita o macho quando está no cio, ou seja, quando o seu corpo apresenta uma exigência hormonal. Fora deste período, rejeita o macho de forma agressiva, o que quer dizer que para ela não existe uma situação de prazer relacionada com o sexo, e sim uma situação de necessidade hormonal. Por outro lado, o macho só procura a fêmea quando recebe a informação química que ela está com o cio.
Devemos ter pena de operar o animal?


Não, e por muito que gostemos do animal, mas devemos humanizá-lo, colocá-lo no nosso lugar. Quando o veterinário sugere a castração para um macho, o proprietário masculino tende a “proteger-se” como se fosse sugerida para ele mesmo. É uma reação normal e lógica, mas a decisão de esterilizar um animal é para o seu bem, quer do dono, quer do animal.
O animal engorda depois de castrado?


Um animal que tem uma alimentação inadequada engordará operado ou não. Em ambos os casos a comida deverá ser adequada e deverá fazer exercícios físicos frequentes.
O animal muda de carácter?


Depois da castração só se modificam os comportamentos ligados ás hormônas, como a marcação do território, Muitas vezes quem muda de caráter é o próprio dono, que se torna mais protetor e amigo do seu animal, ou porque tem pena por te-lo castrado, ou porque o animal “já não incomoda tanto”. Em qualquer caso a mudança é sempre positiva.
Uma fêmea deve ter pelo menos uma ninhada?


Não. Esta ideia é falsa. A reprodução é um processo hormonal e químico. Ter uma ninhada não lhe traz mais saúde. Uma vez que as fêmeas estão castradas não têm cio, não há o processo reprodutor. Nem terão gravidezes psicológicas.
Os veterinários não sugerem a esterilização ou castração apenas para ganhar dinheiro?


Os veterinários são profissionais qualificados para fazer esta sugestão, pois o seu dever é zelar pelos animais, tanto os actuais como os animais que nascerão de ninhadas indesejadas.

A castração beneficia os animais nascidos indesejavelmente?


Estudam provam que uma cadela com o ciclo reprodutor dá origem, no prazo de 6 anos a 6.000 animais, Metade morre cedo, por doença, ou porque são atiradaos aos rios, colocados vivos em sacos de plástico, em contentores de lixo, etc. Dos que sobrevivem apenas uma pequena parte tem a sorte de ser adoptado. Os outros milhares são abatidos sistematicamente em canis e estradas.
E se o cão/cadela for de raça pura, devemos castrar?


Um de cada quatro animais que são encontrados abandonados são de pura raça. E há algo ainda mais cruel nos animais de raça, que é a necessiade de mais cuidados veterinários. Quando o dono se farta de um animal destes, por já não querer gastar mais dinheiro, dá-o a alguém que por ser de raça o aceita. Mas o problema mantém-se… e vivem sem condições para a sua raça, Dos animais de raça, 90% não nascem em criadores legais, e sim em criadores de fundo de quintal, sem acompanhamento veterinário ou condições adequadas de higiene, não sobrevivendo aos primeiros meses de vida ou arrastando problemas cronicos de saúde. A criação “caseira” de animais de raça, leva à morte milhares de animais todos os anos.

Será que o cão/cadela castrado serve para guarda?


A personalidade do animal depende da sua herança genética, não das hormônas sexuais. Mas no caso de você querer um animal apenas para guarda, suguerimos que compre um alarme electrónico!
Quando as pessoas querem ter filhotes da sua cadela?


Um bebê animal é um ser frágil e desprotegido que inspira muita compaixão Se você quiser viver em casa esta experiência sublime e ensinar aos seus filhos o respeito pela vida alheia não é necessário que sua cadela ou gata tenha uma ninhada. Telefone a qualquer associação e acolha uma fêmea prestes a dar a luz ou já com sua ninhada. Você poderá cuidar deles até que possam ir para adopção. Será uma experiência duplamente gratificante: a da nova vida e a da generosidade para com os animais abandonados.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Periodo Menstrual das Cadelas

O cio é uma das fases do ciclo sexual da cadela, é o período onde ela está pronta para cruzar com um macho e assim procriar. O ciclo da cadela pode ser dividido em 4 etapas:

Proestro: Dura em média 9 dias. É quando observamos um inchaço da vulva, pode ocorrer corrimentos, mas estes devem ser límpidos e sem cheiro desagradável e ocorre também sangramento. Nessa fase podemos observar alterações de comportamento como agressividade.

Estro: É o cio propriamente dito. Esta é a única fase que a fêmea aceita o macho. Nessa fase não temos mais corrimento ou sangramento. É o período fértil da cadela, que dura de 8 a 15 dias após iniciar o sangramento.

Metaestro: É o período da gestação, parto e lactação. Para as cadelas que não cruzaram é geralmente nesse período que algumas podem desenvolver a tão falada gravidez psicológica.

Anestro: É o período de total ausência de cio, seria o descanso sexual.

Como saber que a cadela entrou no cio?

As alterações mais evidentes são o inchaço da vulva e o corrimento ou sangramento. Mas em alguns animais observa-se também micção frequente (a fêmea faz xixi mais vezes) e alterações de comportamento.


Alguns animais apresentam o cio silencioso, isto é, sem qualquer um desses sinais descritos. Nestes casos, a identificação do cio só ocorre quando a fêmea aceita o macho, ou por citologia vaginal ou por dosagem hormonal.





 



Quando minha cadela terá o 1º cio?
 
Normalmente as cadelas tem o primeiro cio entre 6 e 8 meses de vida. Porém pode existir uma variação individual, podendo demorar até 12 a 15 meses para o 1º cio.

De quanto em quanto tempo ocorre o cio?

Na maioria das cadelas, o cio ocorre a cada 6 meses, porém isso pode variar para intervalos mais curtos ou mais longos entre os ciclos. Cadelas idosas tendem a ter um intervalo entre cios maior, porém não existe a menopausa.

Cadela no cio pode tomar banho e passear?

Sim. Não há contra indicações para banhos, tosas e passeios. Mas deve-se ter uma atenção especial para que nenhum macho faça a cobertura e assim ocorra uma gravidez indesejada.

Cadela que cruza no 1º cio pode engravidar?

Desde o 1º cio pode ocorrer gestação. Porém, recomenda-se que o primeiro cruzamento ocorra no 3º cio, pois é quando a cadela está com seu aparelho reprodutivo completamente formado e preparado.

Posso cruzar minha cadela em todos os cios?

A cadela é capaz de engravidar em todos os cios, porém o ideal é deixar que a cadela descanse no cio seguinte ao cruzamento, já que durante a gravidez, o parto e a amamentação existe um enorme desgaste da cadela.

Existe anticoncepcional para cadela?

Se não é de seu interesse cruzar sua cadelinha, castrar é a melhor opção. Medicamentos que interrompem o cio existem, porém o uso frequente dessas medicações podem predispor o animal ao câncer e outras doenças do aparelho reprodutivo.

A castração, além de se evitar o cio e uma gravidez indesejada, diminui consideravelmente as chances de o animal desenvolver tumores de mama e infecções uterinas.

E se você pensa em cruzar sua cadela, antes informe-se sobre os cuidados e custos com a mãe e os filhotes durante e pós gestação e assegure-se de que os filhotes terão destino de confiança.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Medicina Veterinária

A medicina veterinária é uma das muitas áreas do conhecimento ligada à manutenção e restauração da saúde. Ela trabalha, num sentido amplo, com a prevenção e cura das doenças dos animais e dos humanos num contexto médico. Sendo a área de actuação do profissional de saúde animal/pública formado numa Faculdade de Medicina Veterinária ou num Estabelecimento de Ensino Altamente Qualificado.


A medicina veterinária é a ciência médica que se dedica à prevenção, controle, erradicação e tratamento das doenças, traumatismos ou qualquer outro agravo à saúde dos animais, além do controle da sanidade dos produtos e subprodutos de origem animal para o consumo humano. Busca também assegurar a qualidade, quantidade e a segurança dos estoques de alimentos de origem animal através do controle da saúde dos animais e dos processos que visam obter seus produtos.

O médico veterinário, também chamado popularmente de doutor, é o profissional autorizado pelo Estado para exercer a Medicina Veterinária, ocupando-se da saúde animal, prevenindo, diagnosticando e curando as doenças, o que requer conhecimento detalhado de disciplinas académicas (como anatomia e fisiologia) por detrás das doenças e do tratamento - a ciência da medicina - e também competência na sua prática aplicada - a arte da medicina.

Tanto o papel do médico e o significado da palavra variam significativamente ao redor do mundo, mas como compreensão geral, a ética médica requer que médicos demonstrem consideração, compaixão e benevolência perante os seus pacientes animais. Os médicos veterinários podem ser generalistas, isto é, não especializados em nenhuma área específica, ou especialistas, quando especializados em alguma área.
 mportância da Saúde Pública na Sociedade

Com a compreensão pela ciência da origem e propagação de diversas doenças, tendo como vetores animais domésticos ou silvestres, bem como para assegurar a própria integridade física dos animais, a medicina veterinária passou a ser importante coadjuvante nas políticas de saúde pública dos países. A propagação de doenças epidêmicas, humanas ou animais, encontra na instalação de barreiras veterinárias que evitam sua propagação um meio eficaz de controle.

Aliado a isso, um dos campos da Medicina Veterinária que está em grande ascensão é o da Defesa Sanitária Animal, cujos objectivos são justamente prevenir a ocorrência de doenças exóticas, que podem ter graves impactos em saúde pública ou económicos nos animais, e controlar ou erradicar doenças endêmicas.

Actualmente, são reconhecidas mais de cem zoonoses e inúmeras outras doenças infecto-contagiosas dos animais que trazem sérias consequências económicas. Para combate-las, o médico veterinário sanitarista exerce uma Vigilância Epidemiológica activa, actuando directamente no campo e controlando o trânsito de animais, realizando a inspecção dos produtos de origem animal - como derivados da carne, do leite, dos ovos, pescado e mel e procurando sinais de doenças que possam ser transmitidas ao homem ou que possam indicar o estado sanitário dos rebanhos.

terça-feira, 25 de março de 2014

Vacinação



Quais vacinas meu cachorro precisa tomar? E se ele nunca foi vacinado? Quando são essas vacinas? Saiba mais e veja o calendário de vacinação para o seu cachorro.

É importante saber que as vacinas que seu cão deve receber e os intervalos entre as doses devem ficar a critério do veterinário que cuida do seu cão. Aqui no Tudo sobre Cachorros buscamos esclarecer as suas dúvidas e disponibilizar um calendário de vacinação pra você acompanhar as vacinas do seu cão. Indepentemente das vacinas que o veterinário irá aplicar, as vacinas múltipla (V8 ou V10) e anti-rábica são obrigatórias em qualquer esquema de vacinação.

Os cachorros adultos que nunca foram vacinados ou os filhotes que já passaram da época correta de vacinar precisam receber duas doses de vacina múltipla (com intervalo de 21 dias entre elas) e uma dose de vacina anti-rábica. Isso também vale para cães “desconhecidos”, quando não se sabe se foram vacinados um dia.

Além dessas vacinas, existe a imunização contra a leishmaniose ou calazar, uma importante zoonose (doença que pode ser transmitida do bicho para os seres humanos). Essa vacina é aplicada em regiões onde a doença é comum e deve ser antecedida de exames para detectar se o cão já tem a doença.

Não se deve vacinar filhotes com menos de 45 dias de idade, a menos que a cadela que deu à luz aos filhotes nunca tenha sido vacinada, pois as vacinas podem ser inativadas pelos anticorpos passados da mãe para a cria.

Todos os animais domésticos, normalmente os canídeos e felinos, necessitam de uma protecção extra no que diz respeito à sua saúde… e à saúde dos seus donos. Sim, porque um cão ou gato não vacinados correm não só muito maior risco de virem a contrair doenças graves e altamente contagiosas, como também de virem a contrair zoonoses, ou seja, doenças transmissíveis ao ser humano (como é o caso da raiva).

A vacinação de animais domésticos contribuiu, ao longo do século XX, para evitar a morte de milhões de animais, segundo estimam os especialistas. E os donos não devem deixar de vacinar o cão ou o gato contra a raiva só porque esta doença foi já erradicada do país onde vivem, não se registando nenhuns casos na actualidade. Doenças como esta são altamente contagiosas e a raiva, em particular, tem origem em animais como os morcegos ou as raposas. Logo, a vacinação irá também dar mais liberdade ao seu animal, pois ele poderá fazer com maior segurança aquilo de que mais gosta: brincar e passear.

Assim, saiba que as doenças evitáveis através da vacinação são várias, tais como, raiva (sem cura conhecida), leptospirose (altamente perigosa, transmissível a partir de ratos infectados, podendo também contagiar o homem), cinomose (frequentemente fatal e mais comum no Inverno), parvovirose (o animal morre na sequência de diarreias abundantes), coronavirose (semelhante à anterior, mas com um carácter mais benigno), hepatite infecciosa (pode provocar lesões oculares irreversíveis) e gripe canina (extremamente contagiosa entre cães e mais frequente nos dias húmidos e frios). O esquema vacinal clássico previne todas estas doenças, mas, por vezes, o médico veterinário pode considerar que as características do animal ou da região onde ele vive exigem vacinas extra (que previnem doenças como leucemia felina, giárdia ou leischmaniose).

Os animais devem ver a sua vacinação reforçada todos os anos, já que os estudos apontam para a duração da imunidade até um ano. Todavia, saiba que o médico veterinário que trata do seu animal de estimação é que irá decidir a altura certa para a revacinação. Esta decisão será tomada em função do estilo de vida do animal: se é mais caseiro, se é animal de exposição e concursos, se é animal de caça.


Finalmente, saiba que a vacinação, em casos muito raros, e tal como a vacinação administrada em humanos, poderá comportar alguns riscos e mesmo desencadear graves crises nos animais. Mas as ocorrências nefastas são incomuns e a relação risco-protecção ganha maior expressão quando pensamos nos riscos que acarreta um animal não vacinado.

Já sabe: vacine o seu animal, proteja-o e proteja-se!






sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Declaração Universal dos Direitos dos Animais

ADVIRTO DESDE JÁ QUE QUEM CRIOU A LEI FOI A UNESCO


1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à proteção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve ser nunca ser abandonado.

6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo ato que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são considerados crimescontra os animais.
9 - Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.
 
Preâmbulo:
 
Considerando que todo o animal possui direitos;
Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,

Proclama-se o seguinte
Artigo 1º 

Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
 
Artigo 2º 

1.Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
2.O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais
3.Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.
 
Artigo 3º 

1.Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis. 2.Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia. 
 
Artigo 4º 

1.Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
2.toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito. 
 
Artigo 5º 

1.Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.
2.Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito. 
 
Artigo 6º 

1.Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural. 
2.O abandono de um animal é um ato cruel e degradante. 
 
Artigo 7º 

Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.
 
Artigo 8º 

1.A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2.As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas. 
 
Artigo 9º 

Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.
 
Artigo 10º 

1.Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem. 
2.As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal. 
 
Artigo 11º 

Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.
 
Artigo 12º 

1.Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2.A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio. 
 
Artigo 13º 

1.O animal morto deve de ser tratado com respeito.
2.As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal. 
 
Artigo 14º 

1.Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2.Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.